Haddad chama de 'fracasso' ato de Bolsonaro em SP e sai em defesa de Lula: 'Nunca pediu anistia'
30/06/2025
(Foto: Reprodução) Ministro da Fazenda deu as declarações durante evento no Planalto ao lado de Lula. Manifestação de Bolsonaro e apoiadores reuniu, no ápice, 12,4 mil pessoas na Av. Paulista. Haddad durante discurso no lançamento do Plano Safra para agricultura familiar
Reprodução/Canal Gov
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, classificou nesta segunda-feira (30) como um "fracasso" o ato organizado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e apoiadores na Avenida Paulista em São Paulo neste domingo (29).
No ápice da manifestação na capital paulista, 12,4 mil estavam reunidas, segundo metodologia do Monitor do Debate Político do Cebrap em parceria com a ONG More in Common.
Durante lançamento do Plano Safra voltado para agricultura familiar no Palácio do Planalto nesta segunda, Haddad também saiu em defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que foi alvo de ataques no ato em São Paulo.
No pronunciamento que fez, Haddad afirmou que Lula, enquanto esteve preso em Curitiba (PR) por processo da Operação Lava Jato, "nunca pediu anistia".
Durante a manifestação com Bolsonaro neste domingo, os presentes defenderam o perdão a condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro – medida que poderia beneficiar o ex-presidente, que é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe.
"Eu não posso deixar de mencionar o ataque que o senhor [Lula] sofreu do seu antecessor [Bolsonaro] nas redes sociais, que talvez tenha acordado chateado pelo fracasso do evento na paulista ontem [domingo] e resolveu lhe atacar", afirmou Haddad.
Aumento de imposto
Ato convocado por apoiadores de Bolsonaro reúne 12 mil pessoas na Avenida Paulista
Durante o discurso que fez no Palácio do Planalto, Hadadd também disse que Jair Bolsonaro não tem "moral" para falar sobre aumento de impostos, porque, segundo o ministro, Bolsonaro deixou brechas abertas para que "o andar de cima" não pagasse tributos.
"Nós vamos fechar todas as brechas que são criadas por jabutis. No Brasil o jabuti é órfão de pai e de mãe. Ninguém assume a paternidade de um jabuti, ele aparece em uma lei em geral para favorecer um grande empresário", declarou.
O ministro da Fazenda indicou que vai manter a política fiscal que busca aumentar a arrecadação com impostos. "Pode gritar, pode falar, vai chegar o momento de debater, nós não podemos nos intimidar na busca por justiça", concluiu.